segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Município e Estado discutem estratégias para melhorar gestão do Programa Atitude


Com intuito de discutir estratégias que visam melhorar a gestão do Programa Atitude no município, representes da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, do Governo do Estado e do 18º Batalhão de Polícia Militar, se reuniram na última sexta-feira (15/09), no Centro Administrativo Municipal (CAM 1) – Torrinha.

Desde o início da gestão, o governo municipal tem buscado soluções junto ao Estado para fortalecer a rede de serviços de atendimento aos usuários de drogas e seus familiares, ações de proteção nas áreas de saúde, assistência, segurança e monitoramento das atividades voltadas à prevenção. Na última reunião com o Estado, que correu no início deste mês, ficou definido que a Secretaria Executiva de Políticas sobre Drogas (SEPOD) de Pernambuco, faria um diagnóstico sobre o Programa, que inclusive foi apresentado nesta sexta (15).

De acordo com a secretária executiva de Políticas sobre Drogas (SEPOD), Márcia Ribeiro, o Estado criou a Câmara Técnica de Políticas sobre Drogas do Pacto pela Vida que promoverá reuniões itinerantes nos municípios que sediam núcleos do Programa Atitude.  “Esse será um espaço de escuta dos municípios, e como o Cabo é um dos municípios prioritários do nosso Estado, que necessita de estratégias de prevenção, estamos aqui mais uma vez para discutirmos questões para melhorar o Programa”, afirmou. “Com a Câmara Técnica iremos conhecer as demandas dos municípios para o fortalecimento da rede, das pactuações e da execução das ações intersetoriais”, completou.

Durante a reunião, a secretária de Programas Socais e também de Combate as Drogas, Edna Gomes comentou que os impactos causados pelas sedes do Programa Atitude, que estão situadas na Vila Roca e em Enseada dos Corais, é uma das preocupações do prefeito Lula Cabral. “ Não concordamos como o Programa está sendo executado na nossa cidade. Por isso, importante falarmos uma linguagem só”, destacou. “ Queremos o Atitude no Cabo, mas que o Programa funcione de forma como foi planejado e que o Estado faça os ajustes necessários. Uma solução segura tanto para os moradores das localidades, que estão sofrendo com a sensação de medo e insegurança, quanto para os usuários e profissionais do Programa” , disse ela.

“Tínhamos muitos problemas na nossa unidade em Campo Grande – Recife, e lá realizamos algumas estratégias para minimizar os problemas causados pelo Programa na comunidade”, disse a secretária executiva de Políticas sobre Drogas (SEPOD), Márcia Ribeiro. “Aqui no Cabo, queremos fortalecer a articulação e integração entre a rede de serviços de atendimento aos usuários”, completou ela.

No encontro, foram realizados os devidos encaminhamentos junto com o 18ª Batalhão da Polícia Militar, secretarias municipais de Programas Sociais, Defesa Social e Saúde, para as devidas soluções. “Queremos estabelecer um fluxo para conhecer quem são os usuários e de onde eles vêm. Precisamos identificar as pessoas que passam pelo Atitude para podermos trabalhar de forma integrada para que essa população seja bem assistida”, afirmou Edna Gomes. “É preciso entender o porquê que essas pessoas vêm em busca de tratamento e nem sempre são acolhidas na sua totalidade, e ficam muitas vezes nas ruas, expostos e correndo riscos”, destacou. Ela ainda comentou que os usuários que buscam tratamento no Programa também têm direito à saúde, educação e moradia.  “ Entendemos que todo ser humano deve viver com dignidade”, disse a secretária de Programas Sociais.

ATITUDE – O Atitude é um Programa, do Governo do Estado de Pernambuco coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, de Atenção Integral aos Usuários de Drogas e seus Familiares. O Programa proporciona atendimento aos usuários de crack, álcool e outras drogas com atenção também direcionada aos familiares, oferecendo cuidados de higiene, alimentação, descanso, atendimento psicossocial, além de outros, e com encaminhamentos direcionados para a rede SUS e Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e demais políticas setoriais.


Texto: Amanda Falcão – Secom/Cabo
Foto: Pedro Batista

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