Nereu Pinheiro - Foto: João Barbosa |
Nereu foi uma das figuras centrais da campanha do acesso do Santa Cruz à Série A do Campeonato Brasileiro de 1999. O treinador enxergava na base coral a potência necessária para o time alcançar os objetivos. E assim foi feito. Com Batata, Marcílio, Arley, Marquinhos, João Carlos, César e Marcelinho, além de outros, como Nilson, Tinho e Janduir, a Cobra Coral deu um salto da péssima campanha que vinha fazendo e, finalmente, desencantou na Segundona, terminou a competição
Nereu Pinheiro em sua passagem pelo Cabo de Santo Agostinho Foto: João Barbosa |
Justamente nesta quinta-feira, completa-se 20 anos que o Santa Cruz conquistou o acesso à primeira divisão sob o comando de Nereu. "Ele era um paizão. Uma pessoa ótima e abraçou mesmo a gente. Uma pessoa séria, com seus objetivos”, ressaltou Batata, ex-volante do Santa Cruz e peça chave no acesso de 1999. Nereu passou pelo Tricolor novamente em 2000.
No Sport
Com vasto currículo pela Capital Pernambucana, ele também deixou sua marca à frente do comando do Sport. Nereu liderou o rubro-negro em 1987, 1989, 1994 e em 2004. O ano de 1989, inclusive, foi um dos mais simbólicos da carreira do então treinador, que levou o Leão da Praça da Bandeira à final da primeira Copa do Brasil. A vitória não veio e o Sport caiu diante do Grêmio por 2x1, em Porto Alegre. Mesmo assim, o vice-campeonato para o rubro-negro continua sendo uma relíquia dos feitos de Nereu no comando leonino. Ainda como treinador, Nereu também é lembrado por ter revelado jogadores como Neco, Juninho Pernambucano, Chiquinho, Russo e Sandro Barbosa.
Incluso na leva das grandes jóias descobertas por Nereu e um dos protagonistas da conquista da Copa União pelo Sport, em 1987, Neco falou da importância do ex-treinador para o futebol e relembrou o tempo em que trabalhou ao lado do profissional no clube rubro-negro.
“Fica até difícil falar de Nereu, porque eu fui um dos revelados por ele. Vim do interior e fui aprovado por ele, cheguei a trabalhar com ele como jogador nas categorias de base, depois ele foi meu treinador no profissional, no Sport, e depois trabalhamos juntos nas categorias de base, como treinador do sub-20 e coordenador.
"Era uma pessoa muito sincera, se tivesse qualidade na hora de fazer teste ele já dizia, se não tivesse, mandava estudar. Ajudou muita gente. Não só eu, como muitos jogadores de Pernambuco, aprendemos muita coisa com ele. Tanto ele avaliava o jogador dentro de campo, como ele também orientava para o bem. É uma perda grande para o futebol e também como pessoa”, lamentou o ex-jogador e, hoje, técnico de futebol.
Além disso, Nereu dirigiu o América repetindo a quantidade de vezes que esteve no comando do Sport. Passou, ainda, por Central, Ferroviário do Cabo, Olinda, Sergipe, Treze/PB e Confiança/SE. Atualmente, Nereu era um dos nomes ligados à Secretaria Executiva de Esportes de Olinda e deixa um legado não só como treinador, mas também como um exemplo de pessoa que será guardada na memória do Estado.
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