A escola modelo Maria Thamar Leite da Fonseca, localizada em Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho, realizou em junho e no início de julho ação social voltada à primeira infância. Cerca de 300 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental (anos finais) recolheram, nas praias de Enseadas dos Corais, Gaibu e comunidades vizinhas, fraldas, roupas e produtos de higiene. O ponto alto da ação foi uma gincana, realizada no dia 17 de junho, que fez parte da Semana do Bebê, que neste ano teve como tema “a promoção de um ambiente saudável, na perspectiva do desenvolvimento integral da criança”.
O trabalho realizado pelos estudantes foi coordenado pelas gestoras Cleide Gomes e Marinalva Francisca que conseguiram arrecadar mais de 600 fraldas, além de lenços umedecidos, chocalhos, roupas, chupetas e material de higiene. Houve também um intenso trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue, chinkugunya e zika vírus, esse último possível causador da microcefalia em bebês. Também foram colhidas assinaturas para um abaixo-assinado que visa cobrar das autoridades políticas públicas destinadas a bebês microcéfalos.
As dirigentes entraram em contato com o Grupo de Estudo em Microcefalia em Pernambuco (GEMP) com a finalidade de firmar parceria para repassar os donativos às mães dos bebês com microcefalia. Semanalmente, algumas mães compareciam à escola modelo com seus bebês para receberem os materiais arrecadados pelos estudantes e respondiam a perguntas sobre sua rotina, além de acabar preconceitos acerca da microcefalia. Foram atendidas, no total, seis mães de vários bairros.
Uma das dirigentes da escola, Cleide Maria, afirmou que a ação estimulou a solidariedade de pais, alunos e comerciantes de Gaibu e praias vizinhas. “Agradecemos a todos que contribuíram com as doações, às mães dos bebês que nos fizeram crescer como seres humanos e ao GEMP, pela constante participação em nosso projeto”, destacou Gomes. “Espero que outras instituições possam realizar ações semelhantes, pois essas mães precisam muito de nossa ajuda. Além disso, é necessário quebrar os preconceitos existentes com relação à microcefalia, pois todos somos iguais”, completou Marinalva Francisca.
Texto: Rosemberg Nascimento – Ascom da Educação/Cabo
Fotos: Arquivo da Escola Maria Thamar
Fotos: Arquivo da Escola Maria Thamar
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