Alvejada seriamente após os escândalos da operação Lava Jato, com demissões em massa de trabalhadores das empreiteiras envolvidas em desvios de recursos públicos, a polêmica refinaria Abreu e Lima, localizada em Ipojuca, Pernambuco, no Complexo Industrial Portuário de Suape, distante 45 km de Recife, será finalmente retomada.
Apenas metade da refinaria ficou pronta, impedindo que a quantidade total de óleo diesel possa ser produzido.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou, em reunião realizada no Rio de Janeiro, a reavaliação do projeto da Refinaria Abreu e Lima (RNEST).
A decisão permitirá a continuidade das atividades de contratação, atualmente em curso, para conclusão da unidade de abatimento de emissões (SNOX) e demais obras de complementação do Trem 1.
De acordo com o projeto, a SNOX é uma das unidades da refinaria com a função de tratar os gases resultantes do processo de produção de combustíveis com baixo teor de poluentes, como o Diesel S-10.
O projeto prevê a implantação de dois trens de refino. O Trem 1 está em operação desde dezembro de 2014, com carga de 100 mil bpd. Com a conclusão da SNOX, passará a operar com plena carga.
Segundo a estatal, a decisão final sobre a melhor estratégia para implantação do Trem 2 da RNEST se dará no âmbito da aprovação do próximo Plano de Negócios e Gestão (PNG), fundamentada na análise integrada do portfólio de projetos da Petrobras e de acordo com as projeções de mercado e os limites de financiabilidade da companhia.
Mesmo inconclusa, o crescimento das operações da Refinaria Abreu e Lima elencou o Porto de Suape na liderança nacional entre os portos públicos que movimentam granéis líquidos, o que vem motivando as empresas do setor e aportarem recursos para melhorar ainda mais a sua infraestrutura. O Porto de Suape possui, atualmente, capacidade total de tancagem de 731 mil m³ de granéis líquidos.
Nesta mesma semana Suape teve outra boa notícia.
O presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Thiago Norões, divulgou, na quarta-feira, que o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil aprovou a complementação do atual Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Complexo.
“Trata-se de um novo capítulo para o desenvolvimento do Complexo Industrial Portuário de Suape começa a ser escrito. Com a mudança, algumas áreas do Porto Organizado sob a gestão da Secretaria Especial dos Portos passam a ser consideradas como não operacionais, fazendo com que a celebração de contratos e instauração de processos de licitação fiquem sob o comando de Suape”.
De acordo com o governo, a novidade segue as diretrizes da Portaria nº 409, de 27 de novembro de 2014, da Secretaria de Portos da Presidência da República, que regulamenta a exploração direta e indireta das áreas que não são diretamente afetadas pelas operações portuárias em portos organizados.
“Essa alteração concede a Suape autonomia na gestão dos contratos das empresas já instaladas no Porto Organizado, como a Bahiana Distribuidora de Gás (Ultragas); a Bunge Margarina; a Copagaz Distribuidora de Gás; a Liquigas Distribuidora; a Minasgás (SuperGasBrasil); a Termopernambuco e, a M&G Polímeros”.
“A partir do momento que o porto passa a ter autonomia sobre os contratos e licitações teremos mais agilidade nas concessões para as empresas. Ganha o Complexo e ganha os investidores interessados em instalar suas plantas aqui”, pontuou o presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Thiago Norões.
O governo do Estado destacou ainda outro avanço nas negociações dos contratos sob a gerência da Secretaria Especial dos Portos, publicado, na última quinta-feira (14/07), no Diário Oficial da União.
O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação aprovou, preliminarmente, o pedido de ampliação do contrato de arrendamento da empresa Pandenor Importação e Exportação. A demanda passará agora pela análise da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Com a autorização, a companhia pretende investir na ampliação do seu parque de armazenamento de combustíveis. Atualmente, a Pandenor tem capacidade de armazenar 62 mil m³ de granéis líquidos.
Fonte: Blog de Jamildo
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