A alegria de Ivandelson Oliveira, 52 anos, ficou nítida em seu rosto quando ouviu o som do frevo, no Bloco “LokaFolia". Ele e outros usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), participaram na segunda-feira (17), em Garapu, da prévia de Carnaval promovida pela coordenação de Saúde Mental do Cabo de Santo Agostinho.
" Eu passei 20 anos no manicômio. Lá não tinha festejos, eu era triste. Agora eu me sinto feliz, uma nova pessoa”, contou emocionado. O evento está em seu 2° ano e tem como seu principal "estandarte" a socialização e a quebra de preconceitos.
No Cabo, as comemorações fazem jus ao conceito do “Carnaval para todos”. No bloco eles não foram lembrados por suas deficiências e sim, pela alegria e o contágio a todos que passavam próximo ao desfile. Foram cerca de 80 usuários, familiares e profissionais do CAPS que participaram do evento.
“Através dessas atividades terapêuticas conseguimos promover melhor qualidade de vida para todos os usuários, além de reintegrá-los à sociedade. Tem usuário que já estava a mais de 20 anos em hospital psiquiátrico, afastados da vida social, e através dos CAPS e Residências Terapêuticas conseguimos quebrar preconceitos”, ressaltou Danielle Moura, coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde.
O Cabo de Santo Agostinho dispõe de uma Rede de Saúde Mental, que oferece para população, de forma gratuita, serviços para pessoas com transtornos mentais, uso abusivo de álcool e drogas. Essa rede é composta por três Centros de Atenção Psicossocial Social (CAPS), atendendo crianças, adolescentes e adultos.
Texto: Beatriz Lima
Foto: Gilberto Crispim
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