Casos de afogamento e situações de risco nas praias são comuns nos litorais de Pernambuco, principalmente com a chegada do verão e das férias. Mar agitado, forte correnteza, buracos, águas vivas, podem tornar um momento de lazer em preocupação e causar situações desagradáveis.
Com objetivo de garantir a segurança dos banhistas e alertar sobre os possíveis perigos nas praias do Cabo de Santo Agostinho, a Secretaria Municipal de Defesa Social, através da Coordenadoria de Defesa Civil, informa as principais medidas para garantir a segurança dos banhistas.
Segundo a Defesa Civil, o município possui 40 salva-vidas que atuam nas praias. Apesar do intenso trabalho de prevenção, o Cabo tem em média 23 ocorrências por final de semana. Os maiores números de incidentes, no mar, são nas praias de Gaibu, Xaréu e Calhetas. Geralmente as ocorrências são de jovens entre 14 a 25 anos do sexo masculino, principalmente de banhistas de outras cidades.
De acordo com o órgão, geralmente as ocorrências de resgate acontecem quando os banhistas consumem bebidas alcoólicas ou comem bastante antes de entrar na água. São feitas 700 abordagens de prevenção por fim de semana. Para alertar os banhistas, os salva-vidas emitem o som com dez apitos e sinalização gesticular, com objetivo de avisar sobre a área de risco.
Grupos de banhistas também são alertados sobre os melhores lugares para o banho, bem como todas as medidas de segurança da orla, além disso, os salva-vidas também realizam abordagens de pessoas que entram em local não permitido e orientam sobre as cores das bandeiras de alerta e o significado de cada uma delas.
Para evitar possíveis afogamentos, é necessário tomar alguns cuidados básicos. A equipe de salva-vidas dá algumas orientações aos banhistas, aos pais e àqueles que não têm familiaridade com o mar.
Veja as orientações:
– Se o banhista percebeu que a água chegou até o umbigo, deve parar por aí mesmo ou retornar para a área mais rasa.
– Se, por acaso, o salva-vidas estiver distante, na hora de um afogamento, a orientação é não entrar na água. O mais apropriado, nesse caso, é jogar uma corda ou algum objeto flutuante, para que a pessoa em perigo possa segurar e, depois chamar o guarda-vidas imediatamente.
– Caso seja um bom nadador, não tentar enfrentar a correnteza. Nadar transversalmente para se livrar da correnteza.
– Com relação às crianças, os pais devem ficar de olho nos seus filhos e não deixá-los somente sobre a responsabilidade dos salva-vidas, já que esses profissionais são capacitados para um atendimento generalizado de pessoas.
– No caso de ingestão de bebida alcoólica, a pessoa não deve entrar na água. Já, ao consumir comidas pesadas, a orientação é esperar duas horas para entrar no mar.
– Caso um banhista caia em uma corrente de retorno e não saiba nadar, deve se manter calmo e acenar por socorro. Nunca tente lutar contra a correnteza.
– Caso não seja um bom nadador se mantenha calmo. A maioria dos óbitos por afogamento, são ocasionados por desespero.
– Criança perdida leve ao posto salva vidas mais próximo.
– Para um banho seguro, a água terá que esta, no máximo, na altura da cintura.
– Sempre que for a praia pedir orientação aos salva-vidas sobre as áreas para banho seguro.
– Atenção para as bandeiras e as placas de sinalização na faixa de areia, pois são um risco iminente.
– Cuidado ao pular antes de verificar a profundeza do local. Evite acidentes.
Texto: Amanda Falcão- Secom/Cabo