O local foi escolhido para receber a campanha devido ao grande índice de pessoas com a doença. Só na Rua José Joaquim da Silva, por exemplo, 80% dos moradores estão contaminados.
Ao chegar à unidade, os pacientes passam por uma triagem onde é feito o teste de sensibilidade e, logo após, são encaminhados para o hansenólogo, caso seja encontrado alguma alteração no local da mancha.
Viviane Borba, coordenadora do programa de hanseníase, alertou sobre a importância de fazer o exame. “As pessoas que tem contato prolongado com o doente como familiares e amigos próximos, também devem ser examinados para que a doença não se propague”.
O dermatologista e hansenólogo, Francisco Almeida, destacou sobre as várias formas da hanseníase se manifestar. “Sua evolução vai depender de como a bactéria vai se relacionar com o sistema imunológico da pessoa. Existem aqueles que possuem uma menor resistência, tendo a doença de uma forma mais grave e outros, uma maior, que não é transmissível. Por isso, é importante que seja feita a prevenção precoce”.
“Eu tive hanseníase, fiz o tratamento e hoje estou curado. Voltei para fazer uma nova avaliação só para saber se tá tudo certo. Quem tem e não fez o exame, é bom que faça para se cuidar o quanto antes”, comentou Josafá Silva, 80 anos.
Os casos mais simples podem ser atendidos nas unidades básicas de saúde do município. Já os de maior complexidade devem ser encaminhados para o Herbert de Souza, localizado na Avenida Historiador Pereira da Costa, Centro (próximo a secretaria de educação). O tratamento vai de seis meses a um ano e é gratuito.
DOENÇA – A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae e que compromete os nervos periféricos. A hanseníase não é hereditária. A principal característica da doença são manchas brancas e avermelhadas, inibindo a sensibilidade do local.
Texto: Akila Soares
Foto: Naftali Emidio
Foto: Naftali Emidio
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