Gerentes, técnicos educacionais, dirigentes e professores participaram, na manhã desta terça-feira (10/04), de uma palestra sobre a construção da proposta curricular da rede municipal de ensino. Milena Rêgo, professora e representante da Unesco, trouxe para os participantes da atividade, que ocorreu no auditório do Centro Administrativo (CAM 1 – Torrinha), informações necessárias para reflexão com o objetivo de auxiliá-los a elaborar o currículo que atenda as especificidades do Cabo de Santo Agostinho.
“Esta é uma atividade de desdobramento do plano de ação para elaborar a Base Nacional Comum Curricular – BNCC. A partir deste exercício vamos definir a cotextualização, aprofundamento e ampliação de questões educacionais específicas, como a Educação para o Campo Quilombola”, afirma gerente de ensino, Fátima Almeida.
A proposta curricular pedagógica deve respeitar as habilidades, o conteúdo e os objetivos didáticos. O grupo de trabalho vai estabelecer o nível de ensino e componente curricular, já a comissão municipal irá planejar e direcionar as ações que envolvem toda a rede de ensino.
No Cabo de Santo Agostinho existe uma escola na Comunidade Remanescente Quilombola Onze Negras que trabalha com crianças a partir de 1 ano e sete meses, na creche, até 13 anos, no ensino fundamental, ao todo atende cerca de 120 alunos.
“O trabalho do professor na escola com alunos remanescentes da Comunidade Quilombola é cauteloso e tem a importância de aliar a cultura e tradição na construção do currículo específico do ensino infantil até o ensino fundamental da comunidade”, conclui a supervisora da escola, Ana Cláudia Batista. Ela ainda afirmou que é necessário “enriquecer a grade padrão, através de atividades lúdicas, e promover o intercâmbio entre o currículo padrão e a cultura africana, como por exemplo a inclusão da etnomatemática e palavras geradoras na disciplina de língua portuguesa para que não haja choque de realidade quando este aluno avance para o ensino médio”, disse.
Texto: Eva Pereira – Secom/Cabo
Fotos: Eder Matias