As mudanças no diagnóstico da hipertensão arterial foi a principal abordagem do cardiologista Marcos Antônio de Melo Alves, durante a capacitação sobre “Atualização da Pressão Arterial”, para médicos e enfermeiras da rede municipal de Saúde do Cabo de Santo Agostinho. A atividade aconteceu nesta quinta-feira (26/04), dia em que é celebrado a Prevenção e Combate à Hipertensão, no auditório do Centro Administrativo Municipal (Cam 1) – Torrinha.
Médico assistente do ambulatório de Cardiologia do Cabo e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcos Antônio enfatizou que, além das avaliações protocolares, tornou-se necessário levar em consideração fatores de risco dos pacientes. “Isto pode mudar a forma de tratamento”, destacou.
As novas regras também modificaram o pré-estágio de hipertensão, que passa a ser acompanhado a partir de 130/80 mmHg. “No Brasil, para cada um paciente diagnosticado tem um que não sabe que tem a doença”, ressaltou Marcos Antônio.
A hipertensão atinge 25% da população brasileira, segundo o Ministério da Saúde. Entre os principais fatores que levam a doença está o sobrepeso e obesidade, a má alimentação (muito consumo de sal), o sedentarismo, o tabagismo e, em alguns casos, o fator hereditário (indivíduos com pais hipertensões têm 30% de chances de também ser hipertenso).
Fatores socioeconômicos e o estresse tem cada vem mais ampliado o número de pessoas com alterações da pressão. “A pseudo hipertensão é cada vez mais frequente nos ambulatórios. Por isso é importante um diagnóstico mais elaborado. Caso contrário, não conseguimos ser eficazes no tratamento dos pacientes”, explicou o cardiologista.
De acordo com a gerente de Atenção à Saúde, Juliana Vieira, o conhecimento dos novos protocolos clínicos são importantes para que o município possa melhorar o atendimento. A capacitação foi promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Gerência de Atenção à Saúde, em parceria com a Sociedade Pernambucana de Cardiologia.
Texto: Ana Cristina Lima/Secom
Foto: Léo Domingos
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