As praias do Cabo de Santo Agostinho permanecem em estado de alerta. Nesta quinta-feira (24) apareceram muitos resíduos de óleo nas em Itapuama, Paiva, Suape e Enseada dos Corais. De acordo com a Secretária Executiva de Meio Ambiente do Cabo de Santo Agostinho, Cleidiane Vasconcelos, o monitoramento segue em todo litoral. Os trabalhos para a retirada de pequenas e médias partículas foi realizado durante todo o dia pelas equipes da Prefeitura, CPRH, Marinha, Exército e voluntários. A soma de resíduos totalizou 40 toneladas.
A comissão estadual de crise, montada em Itapuama, vem criando estratégias para a atuação e monitoramento do litoral cabense. Vistorias são feitas utilizando mergulhos, drones e embarcações na intenção de mapear as áreas críticas.
A técnica da CPRH, Elaine Braz, explica que o Paiva tem o maior banco de corais do litoral cabense e que o trabalho de monitoramento identificou muito óleo sedimentado no local. Neste final de semana, uma ação conjunta entre o órgão estadual, a Prefeitura, a associação dos moradores do Paiva e a UFPE vai registrar com a ajuda de drone, os pontos prioritários para a retirada do óleo. “A maré estará baixa neste final de semana e irá permitir esse registro”, diz.
As pedras de Itapuama também são outra preocupação. Elas acumularam muito óleo. Hoje, testes realizados com lavadora de alta pressão mostraram eficiência significativa na retirada do óleo das pedras e pode ser uma opção a ser adotada pela Prefeitura do Cabo. Nesta sexta-feira (25), o professor e doutor em geoquímica da UFPE, Eldemar Menor fará uma visita às áreas atingidas nas praias do Cabo. A ideia é que ele contribua com estudos para a diminuição dos impactos causados pelas manchas de óleo.
A secretária de Meio Ambiente reforça que a ajuda de voluntários permanece importante. “Desde domingo a população vem colaborando com a Prefeitura e órgãos envolvidos. Hoje tivemos vários voluntários e a nosso desejo é que eles continuem colaborando”, disse.
A comissão estadual de crise estabeleceu o cadastramento de quem vai prestar ajuda voluntária na limpeza das praias. Só depois, as pessoas recebem os EPIs e passam pela orientação de como executar o trabalho com segurança. A Ong Salve Maracaípe tem colaborado na organização dos grupos e também na distribuição de alimentos.
Duas áreas de descontaminação foram montadas pelo Exército para a retirada do óleo e banho. A água é depositada numa vala, protegida por lonas plásticas e retirada pelo CPRH para não contaminar o solo.
Texto: Ana Cristina Lima
Fotos: Léo Domingos
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