Nos últimos dias, o esforço da população cabense tem sido fundamental para conter o avanço dos resíduos de petróleo que contaminam a região litorânea do estado. Porém, o que muitos não sabem é que os efeitos de uma exposição como essa podem ser prejudiciais à saúde, de forma aguda ou crônica e, por isso, requer atenção de todos.
As pessoas que desejam atuar como voluntários a recomendação é utilizar roupas com proteção UV, luvas e botas que protejam a pele do contato direto com o resíduo. Uma vez que aconteça, as recomendações são: lavar com sabonete neutro e água em abundância. Se o contato for nos olhos, a indicação é o uso de soro fisiológico. Alguns sintomas têm sido muito comuns em voluntários que já foram atendidos nas bases que estão montadas, são eles: irritação, náuseas, intoxicação, dificuldade respiratória e síncope. Em todos os casos, a primeira orientação é buscar assistência médica.
Nesta terça-feira (22/10), foram registrados nas unidades montadas nas praias, 30 atendimentos com queixas de náuseas, intoxicação e dificuldade respiratória. A Superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal, Juliana Vieira, orienta que as pessoas que ficaram expostas ou tiveram contato com os resíduos de petróleo, caso sintam alguns dos sintomas citados, devem imediatamente procurar uma unidade de saúde mais próxima. “É importante que os envolvidos no voluntariado, que tiveram contato direto com o resíduo, caso sintam algum desses sintomas procure atendimento médico nas unidades de saúde e nas policlínicas”.
A exposição a longo prazo pode levar a danos nos pulmões, fígado, rins e no sistema nervoso; supressão do sistema imune; desregulações hormonais e infertilidade; desordens do sistema circulatório e até câncer. Por isso, é importante que a população siga as seguintes recomendações:
– Não entrar em contato direto com a substância, especialmente crianças e gestantes;
– Evitar contato com a água e solo nas regiões atingidas;
– Não consumir peixes e frutos do mar das regiões afetadas;
– Evitar atividades recreativas e de pesca.
Para maiores informações, entrar em contato com o Centro de Informações Toxicológico: 0800 722 6001.
Texto: Cristhiane Arantes
Foto: João Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário