A Prefeitura do Cabo iniciou nesta terça-feira (22/10), o cadastro para identificação dos pescadores afetados pelas manchas de óleo que vem aparecendo no litoral cabense desde o último domingo (20/10). A coleta de dados está sendo realizada na orla de Suape, na Casa das Marisqueiras, e identificou, até o momento, mais de 200 famílias que trabalham com pesca e passeios de barco.
Durante os próximos dias, os mais de 500 associados da colônia de pescadores poderão ir até o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) das praias para realizar o cadastro. Devido às manchas de óleo nas praias, os pescadores já estão há pelo menos quatro dias sem trabalhar. A marisqueira Laudinete da Silva, 36 anos, ressalta a importância da participação popular na retirada das manchas. “Desde domingo, estou participando da limpeza das praias. Estamos sem nosso sustento, isso aqui é nossa vida”, conta.
Durante a tarde desta quarta-feira (23/10), a secretária de Programas Sociais, Edna Gomes, acompanhou o arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, em rondas nas praias de Suape, Ilha de Tatuoca e Itapuama. Os locais foram atingidos pelos graves impactos ambientais decorrentes ao recente derramamento de óleo nas praias. “A sociedade se mobilizou e mostrou o compromisso com a natureza. É edificante o trabalho dos voluntários”, disse Saburido.
Edna Gomes informou que o município está buscando cadastrar as famílias dos pescadores e fazer um levantamento das suas necessidades. “Estamos realizando um estudo junto com as pessoas que sobrevivem da pesca para sentir a necessidade dessas pessoas, para que a Prefeitura possa realizar os encaminhamentos. Precisamos fazer com que essas pessoas resistam a esse período que vão ficar sem pescar”, ressaltou a secretária.
Texto: Beatriz Lima
Fotos: João Barbosa
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