A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho realizou nesta quarta-feira (05/06) uma coleta para testar a associação genética entre crianças portadoras de fissuras labiopalatinas (labio leporino) e pais reagentes ao parasito, que causa a Leishmaniose. O trabalho foi feito em parceria com pesquisadores da Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Imip, com a colaboração do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE). A atividade aconteceu na sede da Secretaria de Educação, localizada no Centro.
O estudo vai analisar de fatores genéticos relacionados aos pais, a Leishmaniose Tegumentar Americana e o risco para o nascimento de crianças com fissura labial-separação do lábio superior em duas partes, algo que atinge um em cada 550 bebês no Brasil. Entre os pesquisadores estão alunos de pós-doutorado, doutorado, mestrado e iniciação científica das Universidades, que estão sob orientação da professora da UPE, Aronita Rosenblantt.
A pesquisadora, Cândida Guerra, explicou que as causas da fissura é bastante complexa. “A fissura labial ou palatina não-sindrômica é uma anomalia que está associada com vários fatores”, disse. “Pais reagentes a Leishmaniose pode ser uma das causas desta doença nas crianças. Por isso, estamos realizando esta analise”, completou ela. No local, o grupo de pesquisa colheu informações clínicas e material sanguíneo dos pais e das crianças. “A próxima fase é a genética, logo em seguida, caso a pesquisa seja positiva, vamos dar a resposta ao município e viabilizar a prevenção da doença”, assegurou.
PESQUISADORES:
André Wilhem – Iniciação Científica
Graça Figueiredo – Mestrado
Cândida Guerra – Doutorado
Arnaldo Alencar – Doutorado
Marilane Calixto - Pós-doutorado
Valdeci Elias Jr. – Pós-doutorado
DOENÇA – A Leishmaniose é uma doença parasitária da que afeta a pele e as mucosas, causada por protozoários do gênero Leishmania.
Texto e fotos: Amanda Falcão – Ascom da Saúde/Cabo
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