Para dar início à caminhada os participantes ofereceram cânticos aos orixás, com a realização do Xiré. Em seguida o cortejo
seguiu em direção ao palácio Joaquim Nabuco (Prefeitura antiga) onde entregaram à secretária municipal de Programas Sociais, Andréa Galdino, e ao secretário de Cultura e Lazer, Rinaldo da Costa, um documento em que os representantes do segmento pedem que a Caminhada dos Terreiros passe a fazer parte do calendário de atividades do município.
O cortejo foi encerrado no pátio da Estação, onde os participantes prestigiaram uma roda
de capoeira e realizaram a Jurema sagrada. Além dos representantes da gestão municipal e da Fundação de Educação e Cultura do Cabo (Fundacc), a caminhada contou com a presença de Marta Almeida, da Secretaria estadual de Desenvolvimento Social.
“A primeira Caminhada dos Terreiros do Cabo de Santo Agostinho é um marco. Infelizmente ainda enfrentamos a intolerância religiosa e o preconceito contra
a cultura africana. Mas queremos mostrar à população cabense que estamos presentes e temos relevância na sociedade. A cultura e as tradições afrobrasileiras e ameríndeas não são subculturas, são culturas de raiz que precisam ser levadas para as escolas e para o serviço público”, informou o sacerdote Jorge Eduardo, do terreiro Casafro.
A secretária de Programas Sociais, Andréa Galdino, ressaltou a necessidade de fortalecer as políticas públicas de combate à intolerância religiosa. “A Constituição Federal nos diz que somos um estado laico, e através da nossa Coordenação de Igualdade Racial temos buscado o resgate da cultura africana e o combate à todo e qualquer tipo de intolerância”, disse. “Estaremos encaminhando a petição do segmento para o prefeito, para que a Caminhada dos Terreiros tenha uma data oficial em nosso calendário de atividades”, enfatizou.
Texto: Ascom – SMPROS/Cabo
Fotos: Randy Augusto
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