O I Seminário Regional de Saúde Mental e Assédio Moral relacionado ao Trabalho, promovido pela Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho na manhã desta quarta-feira (28/11), no Centro Administrativo Municipal (CAM I), abordou a exposição de profissionais em situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho. Na ocasião, médicos e psicólogos discutiram o reconhecimento de adoecimentos mentais e os seus métodos de prevenção.
A abertura contou com a apresentação cultural do “Clube de Frevo das Paes”, que utilizou da música como suporte aos problemas mentais. Segundo a coordenadora do Sarte (Saúde, Arte e Educação), Wylna Espinar, a musicoterapia auxilia em muitos tratamentos. “Estamos trazendo momentos artísticos para exemplificar como a arte tem um papel importante na vida das pessoas”, disse.
Na ocasião, o médico do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Recife, Luiz Saraiva, abordou o tema “A importância do estabelecimento do nexo causal e da notificação do adoecimento mental relacionado ao trabalho”, destacando os tipos de assédios existentes, principalmente na relação entre chefes e funcionários.
“É a primeira vez que estamos promovendo esse evento no Cabo. Devemos ressaltar a importância de trazer assuntos que estão no nosso dia a dia, mas que não discutimos tanto. A sociedade precisa estar sensibilizada para os sintomas de possíveis transtornos psicológicos e o seminário tem esse papel, para que nós possamos identificar e acolher essas pessoas”, destacou a coordenadora do Cerest Cabo, Rubenita Sobral.
Além de profissionais de saúde do Cabo de Santo Agostinho, o momento contou com a participação de representantes da rede de saúde mental do estado de Pernambuco, além de professores e estudantes interessados no tema. Integrantes como a coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador, Creuzalina Xavier, também participaram do evento.
De acordo com o secretário de Saúde do Cabo, José Carlos de Lima, o encontro reforça a importância da gestão em valorizar os trabalhos desempenhados diariamente pelos serviços de saúde. “Estudamos que desde os primórdios a questão da exploração no ambiente de trabalho já existia. Depois disso, temos a escravidão do povo africano. E nos tempos mais modernos, nos deparamos com a exposição do trabalhador e o descaso com a função exercida”, afirmou. “Precisamos nos preocupar com o diagnóstico e tratar problemas quando necessário”, finalizou.
Ao decorrer do dia, profissionais de referência como o psicólogo da Secretaria de Saúde de Pitimbu, Paulo Santos e o diretor jurídico do sindicato dos bancários de Pernambuco, João Rufino, mediaram debates e traçaram métodos de como combater o assédio moral.
Texto: Luana Valentim – Estagiária Secom/Cabo
Fotos: Léo Domingos
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