segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Prefeitura do Cabo intensifica campanha para implantação gratuita do DIU

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o Cabo de Santo Agostinho ainda possui uma baixa adesão ao dispositivo intrauterino (DIU) por mulheres em idade fértil. A razão se dá pela falta de informação e mitos que envolvem o tema e, para ampliar o número de implantação do dispositivo, a Prefeitura tem estimulado o público alvo com campanhas de conscientização destacando a eficácia e durabilidade do método.

Entre 2017 e 2018, o município realizou cerca de 160 procedimentos nos Centros de Referência da Mulher I e II, localizados respectivamente, no Posto Médico Manoel Gomes e em Ponte dos Carvalhos. Nestes locais são realizados, semanalmente, palestras sobre planejamento familiar e os benefícios do DIU, orientadas por equipes de saúde da própria unidade. De acordo com Regina Leitão, coordenadora interina da Saúde da Mulher, o método tem eficácia  de 99,03 % e está disponível no Sistema Único de Saúde para todas as mulheres, inclusive para adolescente que desejam combater a gravidez precoce.“ Nosso objetivo é esclarecer as principais dúvidas que envolvem o tema e acessar também aos parceiros de forma eficiente, para que juntos decidam a forma mais adequada para realizar o planejamento familiar ”, ressaltou.

A implantação do dispositivo intrauterino (DIU) é realizado no próprio consultório e somente o profissional habilitado deve alojar o dispositivo no interior do útero da paciente. Antes de realizar o procedimento, o médico ginecologista faz uma avaliação e realiza exames para verificar as condições clínicas e físicas, tais como o ultrassom transvaginal e se a mulher não possui doenças sexualmente transmissíveis ou mesmo gravidez.

O método é mais barato, pode ser usado por mais tempo, não é afetado pelo uso de medicamento e nem possui hormônios, pois o utilizado pela Secretaria de Saúde do Cabo é o de cobre. Esse dispositivo não envolve o uso de hormônio e geralmente provoca menos efeitos colaterais no corpo da mulher (alteração de humor, peso ou diminuição de libido) e pode ser usado em qualquer idade, não interferindo na amamentação.

O material do DIU é resistente e sua durabilidade pode ultrapassar 10 anos sem oferecer riscos à saúde. “ O fato de ele ser fixo e funcionar sozinho, não há risco de ser mau usado e ter sua eficácia reduzida. Consequentemente, a mulher não corre o risco de cair no esquecimento como acontece com frequência em usuárias de pílulas anticoncepcionais”,completou Regina Leitão.

Outro fator preocupante, é a procura de pacientes que buscam reverter o processo de laqueadura, e neste caso, a cirurgia de reversão é bastante complicada e não é ofertada pelo Sistema Único de Saúde. Ainda segundo a coordenadora da Saúde da Mulher, Regina leitão, é fundamental esclarecer a principal diferença entre os dois métodos. “ Os médicos só recomendam a laqueadura em mulheres com idade superior a 25 anos e que possuam dois ou mais filhos, uma vez que, voltar atrás da decisão é muito difícil. Já para o DIU, não é necessário tais  requisitos e a paciente pode fazer a remoção no próprio consultório médico. Hoje, é o procedimento mais indicado”, finalizou.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o Cabo disponibiliza pílulas anticoncepcionais, implantação de DIU e cirurgia de laqueadura de forma gratuita. Embora estes métodos contraceptivos sejam indicados para combater gravidez não planejada, o uso de camisinha é indispensável para prevenir doenças sexualmente transmissíveis e garantir a proteção do casal. Desta forma, ela é distribuída nas versões masculinas e femininas, sendo indicada mesmo para quem usa dispositivo intrauterino.



Texto: Natália Andrade/ Estagiária Secom Cabo

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