A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho aderiu ao movimento em defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Nesta quinta-feira (09/08), representantes da Secretaria Municipal de Programas Sociais marcaram presença em um ato realizado no Marco Zero, no Centro do Recife. A mobilização foi promovida pelo Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Pernambuco (Coegemas), e reuniu servidores e usuários dos serviços de Assistência Social, de diversos municípios pernambucanos em oposição ao desmonte das políticas públicas de Assistência e Seguridade Social no país.
“Não ao retrocesso”, “Avante Suas” e “Mais participação Social”, foram as palavras de ordem da manifestação, que reuniu milhares de pessoas, buscando chamar a atenção para o posicionamento dos servidores e usuários dos serviços de assistência, contrários à aprovação da medida provisória 726, que promove a fusão entre os Ministérios de Defesa Social (MDS) e Combate fome e Ministério da Agricultura (MA), o que afetaria diretamente o SUAS, construído através de anos de luta e diálogo entre os entes federativos, além de mudanças propostas na Seguridade Social.
Para a secretária Municipal de Programas Sociais, Andréa Galdino, o ato realizado nesta quinta-feira marca um momento histórico de resistência e luta pela garantia de direitos das políticas públicas de assistência social. “Hoje gestores da região metropolitana estão juntos nesse ato para garantir e defender os direitos dos nossos usuários e da nossa assistência. É um momento histórico e necessário para avançar e não retroceder em momento algum naquilo que foi conquistado ao longo dos anos, com muita luta e muito diálogo. Vamos avante com o nosso SUAS”, enfatizou.
A presidente do Coegemas em Pernambuco, Ana Rita Suassuna, informou que a mobilização em defesa do SUAS e seguridade Social foi deliberada em maio deste ano durante o encontro com o colegiado nacional. “Nós discordamos das mudanças nas políticas de assistência, pois entendemos que é um retrocesso muito grande a tudo que levamos anos para construir. Querem transferir os atendimentos do programa Bolsa Família para os postos do INSS, e nós somos contrários a uma política de assistência sem o controle social”, disse.
“Atualmente, o Brasil conta com 8,8 mil Centros de Referência Assistência Social (CRAS) que fazem um acompanhamento no sentido de tirar este cidadão da situação de vulnerabilidade social em que se encontra, e apenas 1 mil e setecentos postos do INSS, o que representará um retrocesso muito grande ao atendimento ao cidadão. As políticas de Assistência Social não podem ser vistos apenas como um complemento de renda para o cidadão”, ressaltou.
Texto: Jaqueline Mota – Repórter estagiária da SMPROS/Cabo
Fotos: Roque de Jesus
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