terça-feira, 25 de março de 2014

Prefeitura promoveu ações alusivas ao Dia de Combate à Discriminação Racial


EQUIPE DO GETAI
A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, através de uma ação conjunta entre as Secretarias de Educação e Saúde, promoveu um momento de conscientização no Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Na última sexta-feira (21/03), a população recebeu orientações do Grupo de Estudo e Trabalho Afroindígena (Getai) e do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Etnicorracial, além de contar também com serviços de saúde voltados à população negra. A ação aconteceu no pátio da Estação Ferroviária, no Centro.
De acordo com Sueli Lima, coordenadora do Getai e do Fórum, o Dia Internacional contra a Discriminação Racial recorda um momento histórico onde 69 pessoas foram mortas e 186 ficaram feridas em um protesto contra a implantação de uma lei discriminatória, na cidade de Sharpeville, durante o Apartheid da África do Sul.
SUELI LIMA CORD GETAI E FORUMA coordenadora enfatiza que a ação conjunta do Getai e do Fórum é uma implementação da Lei 10.639, que versa sobre a valorização da história afro-brasileira e africana. “O Fórum foi criado para a implementação dessa lei, que permeia todas as nossas ações de políticas públicas. Então não poderíamos deixar passar em branco o dia 21 de março para conscientizar as pessoas com um informativo sobre a importância desta data e para solicitar respeito e dignidade no trabalho, saúde e diversas áreas”, afirmou.
No Brasil, os poucos dados estatísticos sobre crimes de preconceito dificultam a percepção real da prática desse crime. “O estatuto de Igualdade Racial define os tipos de preconceitos existentes. Essa questão perpassa por esses povos se reconhecerem como são. Quando o negro se reconhece como tal, então existe a possibilidade de buscar e reivindicar seus direitos garantidos inclusive pela constituição. Para denunciar o preconceito racial, a sociedade deve procurar a Promotoria Pública ou buscar a própria polícia, já que se trata de crime previsto no Código Penal”, explica Sueli Lima.
Sobre as ações do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Etnicorracial, a coordenadora destacou o trabalho realizado na Rede Municipal de Ensino Municipal. “Uma das ações mais importantes é a conscientização feita com os professores. Já estamos atuando em todas as modalidades de ensino, para que eles possam trabalhar essas questões em sala de aula. Queremos nos unir à sociedade civil, para que essas crianças possam se reconhecer enquanto negras e que toda essa cultura relegada por tanto tempo possa ser hoje trabalhada, defendida e valorizada”, enfatizou.
ATENDDurante a abordagem conscientizadora, também foram prestados alguns serviços referentes à saúde da população negra. O coordenador de Saúde em Educação, Beto Vieira, falou dos serviços de saúde prestados. “Realizamos aferição de pressão e teste de glicose, devido à tendência na população negra a desenvolver algumas doenças crônicas, como hipertensão e diabetes”, disse.
O morador Reginaldo da Silva, de 50 anos, gostou da mobilização e dos serviços prestados. “Achei importante, pois estava precisando fazer esse exame, e verifiquei que a minha glicose estava boa. Gostei muito do serviço aqui na praça e espero que tenha mais vezes”, sinalizou.
Texto: Diego Lós e Rosemberg Nascimento – Ascom da SME/Cabo
Fotos: Jorge Luiz – SME/Cabo

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