A Secretaria Municipal de Educação do Cabo de Santo Agostinho tem se empenhado em universalizar o acesso à educação básica. Para isso, um dos desafios enfrentados é possibilitar que alunos com necessidades especiais tenham possibilidades de aprendizagem. Atualmente, esses alunos dispõem de 19 escolas com salas de recursos multifuncionais com professores capacitados pela SME para integrá-los à vida escolar.
As salas de recursos começaram a ser montadas em 2010, pelo Ministério da Educação, que se baseia no número de pessoas com deficiência declaradas no censo escolar. O serviço atende apenas estudantes com altas habilidades, deficiências auditivas, visuais e com transtornos globais do desenvolvimento.
A técnica Micheline Oliveira, do Setor de Educação Especial da SME/Cabo, destaca o trabalho realizado na sala de recursos. “Não é uma sala de reforço escolar. O professor irá trabalhar com base na deficiência do aluno”, explicou. Os estudantes têm contato com materiais que irão aprimorar a capacidade de aprendizagem de modo que estejam integrados com os colegas do ensino regular.
As salas tipo 1 são compostas por computador, notebook, softwares especiais, teclado adaptado, leitores de texto, lupas e jogos. Já nas salas tipo 2, focadas principalmente na deficiência visual, além dos materiais citados, possuem uma impressora braile, reglete (instrumento utilizado para fazer os símbolos em braile), soroban (espécie de ábaco para trabalhar a Matemática no braile), jogos sonoros, entre outros.
A pedagoga Daniele França atua na sala de recursos da Escola Laura Rodrigues, distrito de Pontezinha, e explica como é feito o processo de admissão. “Quando o professor observa alguma dificuldade de aprendizagem, então é pedido que o aluno seja avaliado por um médico especialista para diagnosticar alguma deficiência. Se for confirmada, é feita uma triagem na sala de recursos para perceber as maiores dificuldades do aluno e poder trabalhar de acordo com o caso”, disse.
Todas as pessoas que frequentam a sala de recursos devem estar matriculadas em alguma modalidade de ensino da Rede Municipal. O aluno tem atendimento individualizado, com duração de uma hora, de duas a três vezes por semana. “Já tive crianças que chegaram aqui carregadas no colo. Trabalhamos a coordenação motora e elas, em pouco tempo, conseguiram se equilibrar em pé e, posteriormente, andar, com a colaboração fundamental dos pais e professores no processo”, afirmou a pedagoga.
A aluna Maria Rosane Tanan, 15 anos, também teve sua vida transformada após o trabalho da professora Daniele França. A estudante chegou à sala devido a problemas auditivos que dificultavam o aprendizado da leitura e escrita. “Gostei da professora e me senti acolhida na escola. Eu melhorei bastante na leitura e escrita com materiais de caça-palavras e escrita”, afirmou emocionada. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3521-6734.
Texto: Diego Lós e Rosemberg Nascimento – Ascom da SME/Cabo
Fotos: Jorge Luiz
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