A Orquestra Filarmônica 15 de Novembro Cabense comemora em 2014 seu centenário. Para homenageá-la, o Rotary Clube do Cabo de Santo Agostinho promoveu nesta quinta-feira (13/11) uma solenidade em um restaurante da cidade. O evento contou com a presença de músicos da filarmônica, rotarianos e autoridades municipais, dentre elas o secretário Executivo de Cultura e Lazer, Rinaldo da Costa.
O presidente da Rotary, Ely José Batata, destacou que a decisão de homenagear a orquestra foi tomada com base no valor histórico e cultural que a instituição representa para o município. “Falar da Filarmônica 15 de Novembro é algo que muito nos emociona. Esta orquestra esteve presente em diferentes momentos da história da cidade do Cabo”, disse Ely. “Escolhemos esta data que marca a passagem do seu centenário para homenagea-lá”, completou. Durante a solenidade, foram citados momentos históricos, como o Campeonato Brasileiro de 1975 que fez da orquestra vice-campeã nacional, além dos músicos que se destacaram em sua passagem pelo grupo.
O secretário Rinaldo da Costa também ressaltou a importância da homenagem. “Agradecemos a iniciativa do Rotary, que presta essa justa homenagem à Filarmônica. Na década de 70 a Rotary contribuiu para que a orquestra conquistasse o vice-campeonato nacional e hoje presta essa homenagem tão representativa na história da 15 de Novembro”, enfatizou. “Me sinto feliz em ser secretário neste momento histórico para a Filarmônica Cabense que é a maior expressão cultural da nossa cidade.
Virmeson Roberto, presidente da orquestra, recebeu a homenagem com muita satisfação. “Nos sentimos honrados. O Rotary nos procurou para que este momento fosse realizado e recebemos com muita alegria”, declarou. No Cabo, a Filarmônica realiza apresentações nos principais eventos da cidade promovidos pela Prefeitura Municipal e por outras instituições. Este ano, foi a homenageada no Baile Municipal do carnaval da cidade.
HISTÓRIA – Em 03 de Setembro de 1888 foi criada a primeira banda de música do Cabo, chamada “Clube Filarmônico cabense”, composta por funcionários da estrada de ferro. Em 1904, houve uma dissensão entre os associados e foi criada uma banda paralela: a “Sinfônica do Cabo”, que sobreviveu poucos anos devido a problemas financeiros.
Em 1905 foi criada a “Sociedade Musical 30 de Julho” uma nova dissidência do clube filarmônico e constituído por funcionários da extinta “GREAT WESTERN” (Empresa Ferroviária) que se tornou uma forte concorrente, a altura do “Bacurau”, e foi apelidado de “Jaguará”, em alusão a um músico da banda. A Jaguará foi extinta em 1911, devido à transferência das oficinas da estrada de ferro para Jaboatão, quando a Bacurau Sobreviveu mais em alguns meses.
Passando apenas dois anos da dissolução do “Clube Filarmônico Literário Cabense”, um grupo de ex-associados fundou outra banda de música em 15 de Novembro de 1914. A nova banda “Filarmônica XV de Novembro Cabense” passou a usar o estandarte e instrumental da extinta banda conforme foi lavrada a ata de extinção.
Em 1915 a diretoria da Filarmônica XV de Novembro Cabense solicitou ao prefeito da época, o Dr. Paulo de Amorim Salgado, uma subvenção. este respondeu que daria uma subvenção como também a tornaria de utilidade pública. Tal fato ocorreu em 06 de Agosto de 1915, e em 16 de Maio de 1922 foi feita aquisição de um prédio situado a Rua Vigário João Batista nº 115.
Texto: Jaqueline Mota – Secom/Cabo
Fotos: João Barbosa
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