Os paratletas Abnaécia Maria da Silva e Dhyego Vidal, do Cabo de Santo Agostinho, foram destaques na 1ª Etapa do Circuito Nacional de Badminton e Parabadminton, realizada em Campinas-SP, entre os dias 26 e 29 de março. Eles conquistaram juntos cinco medalhas, sendo elas, duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Na última quinta-feira (09/04), os desportistas estiveram na sede da Secretaria Executiva da Juventude e Esportes para agradecer o apoio da Prefeitura Municipal.
Abnaécia, que participou da categoria SL4 (disputam essa categoria atletas com comprometimento predominante dos membros inferiores), conquistou uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze. Já o Dhyego, tetra campeão em sua categoria SS6 (para atletas com nanismo), faturou uma medalha de ouro e uma de prata.
Devido ao excelente desempenho, Abnaécia e Dhyego tornaram-se primeiro lugar no ranking de suas categorias, sendo convocados a integrar a Seleção Brasileira de Badminton. A próxima etapa acontece no próximo mês em Aracaju, Sergipe. A terceira etapa acontecerá no mês de julho em Toledo, no Paraná, que é seletiva para o mundial da Inglaterra, além de tentar uma vaga nas Paraolimpíadas do Japão em 2020.
De acordo com o secretário da Juventude e Esportes, César Paiva, os resultados obtidos pelos atletas ressaltam a importância do investimento nos esportes. “A Secretaria está sempre dando oportunidades para os atletas cabenses irem representar o município em competições nacionais e também estimulando esses jovens que buscam no esporte uma mudança na qualidade de vida”, concluiu.
O treinador e professor da rede municipal de ensino, Péricles de Freitas, falou sobre os treinamentos e aproveitou a ocasião para agradecer o apoio da Prefeitura, por meio das secretarias de Educação e Esportes. “Treinamos visando competições nacionais e o apoio que temos no município é um incentivo a mais para seguirmos a diante. Hoje levamos o nome do Cabo para todo o Brasil”, destacou. O treinador também informou que os paratletas estão em busca de patrocinadores.
“Me identifiquei com a modalidade aos 12 anos, mas nunca imaginei chegar onde cheguei hoje. Ser primeiro lugar na minha categoria e ainda poder levar a bandeira da minha cidade ao pódio é muito gratificante”, comentou Abnaécia. Para Dhyego, o praticar o parabadminton é questão de superação. “Como todo garoto eu tinha o sonho de ser jogador de futebol. Devido ao nanismo não pude seguir a diante. Conheci o badminton através do professor Péricles e estou muito feliz por poder viajar pelo país participando de grandes competições. Vou dar sempre o meu máximo para crescer cada vez mais no esporte”, disse ele.
O coordenador de arte e cultura da Secretaria Municipal de Educação, Ivan Marinho, parabenizou os desportistas e enfatizou a importância da prefeitura apoiá-los. “Muito engradece ao Poder Público Municipal abraçar essas causas”, frisou.
Parabadminton – Foi reconhecido em 1996 pelos fundadores da Associação Internacional de Badminton para Deficientes. O esporte foi desenvolvido com o intuito de oportunizar as pessoas com deficiência a participar da modalidade. As primeiras adaptações estão relacionadas às categorias, nivelando os atletas de acordo com suas deficiências, equiparando-os; e a quadra (dimensões da quadra de jogo, altura da rede). No Badminton Adaptado há 10 categorias: três para cadeirantes (W1, W2 e W3 – W deWheelchair: cadeira de rodas em inglês) e sete para andantes (S1, S2, S3, S4, S5, S6 e S7 – S de Standing: andantes em inglês). Para saber em qual categoria o atleta se enquadra, é necessário passar por uma classificação funcional feita por avaliadores capacitados. Os participantes são pessoas com deficiências físicas (lesão medular, poliomielite, amputações, paralisia cerebral, distrofia muscular e malformações).
Texto: Erika Freitas – Repórter estagiária da Secom/Cabo
Fotos: João Barbosa
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