O centenário da Banda Filarmônica XV de Novembro Cabense será comemorado com concertos e homenagens no Cabo de Santo Agostinho nesta semana. Serão duas noites de apresentações e honrarias aos nomes que marcaram os 100 anos deste importante ícone da cultura do município. A programação conta com o apoio da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Executiva de Cultura e Lazer.
Dando abertura à programação, nesta sexta-feira (19/12) o auditório Luiz Alves Lacerda, em Garapu, será palco de uma noite de homenagens aos ex-diretores e regentes que fizeram história na banda. A solenidade será restrita aos convidados e acontece a partir das 19h30. No sábado (20/12), a população poderá assistir a uma apresentação especial do grupo na Igreja Matriz de Santo Antônio, no Centro do Cabo. O concerto terá início às 19h e vai contar com a participação do Quinteto de Metais e Percussão Cabense, além do regente Edivan Joaquim.
“Convidamos toda a população, que sempre foi plateia fiel à atuação da banda, para participar junto conosco dessa data importante”, destacou o atual regente da filarmônica, Domingos Sávio. Todo o repertório do concerto será formado por composições de integrantes e ex-integrantes da Banda, dentre elas, o dobrado “’Eróis’ ao mar”, composta em 1893 pelo músico cabense Joaquim de Santana – conhecido como Professor Maçada. A obra faz parte do acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e, juntamente com outras peças, irá apresentar um pouco da história da XV de Novembro.
NOVA DIRETORIA – O músico Davi Caetano é o novo diretor da Banda Filarmônica XV de Novembro. Davi assumiu em novembro deste ano o comando da banda, que possui 46 músicos atualmente.
HISTÓRIA – Em 03 de Setembro de 1888 foi criada a primeira banda de música do Cabo, chamada “Clube Filarmônico cabense” e composta por funcionários da estrada de ferro. Em 1904, houve uma dissensão entre os associados e uma banda paralela foi criada com o nome de “Sinfônica do Cabo”. A banda paralela sobreviveu poucos anos devido à problemas financeiros.
Em 1905 foi criada a “Sociedade Musical 30 de Julho”, uma nova dissidência do clube filarmônico e constituído por funcionários da extinta “CREAT WESTRW” (Empresa Ferroviária) que se tornou uma forte concorrente, à altura do “Bacurau”, e foi apelidado de “Jaguará”, em alusão a um músico da banda. A Jaguará foi extinta em 1911, devido à transferência das oficinas da estrada de ferro para Jaboatão, enquanto a Bacurau Sobreviveu mais alguns meses.
Passando apenas dois anos da dissolução do “Clube Filarmônico Literário Cabense”, um grupo de ex-associados fundou outra banda de música em 15 de Novembro de 1914. A nova banda “Filarmônica XV de Novembro Cabense” passou a usar o estandarte e instrumental da extinta banda conforme foi lavrada a ata de extinção.
Em 1915 a diretoria da Filarmônica XV de Novembro Cabense solicitou ao prefeito da época, o Dr. Paulo de Amorim Salgado, uma subvenção. Este, respondeu que daria não apenas uma subvenção, como também a tornaria de utilidade pública. Tal fato ocorreu em 06 de Agosto de 1915, e em 16 de Maio de 1922 foi feita aquisição de um prédio situado a Rua Vigário João Batista nº 115.
Texto: Jaqueline Mota – Secom/Cabo
Foto: João Barbosa (Arquivo)
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