Nasceram, no início da tarde desta terça-feira (14), no Hospital Memorial São José, área central do Recife, os 5 bebês da dona de casa Hildeane Lopes, 38 anos, que estava entre a 28ª e 29ª semana de gestação. Eles estão bem e chamam Vitória, Alice, Heloísa, Helena e Valdemir. Nasceram com uma média de 1,2 kg de peso cada um.
Participaram da cesárea 22 profissionais, entre obstetras, neonatologistas, anestesistas, enfermeiros, auxiliares e berçaristas.
O pai, o pintor jatista Valmir Carneiro da Silva, 33, está bastante emocionado. Os bebês estão sendo encaminhados para a unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal do hospital.
Para engravidar, o casal contou com o suporte do Serviço de Reprodução Humana Assistida do Instituto de Medicinal Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro da Boa Vista, área central do Recife. Passaram por todo o processo de assistência em planejamento familiar e tratamento para reprodução assistida gratuitamente.
No dia 6 de fevereiro, uma ultrassonografia comprovou a gestação. “Deu para visualizar três bebês. Passados 13 dias, um novo ultrassom confirmou que espero cinco filhos. Fiquei anestesiada, e meu marido teve crises de riso. Foi a forma que expressamos a nossa felicidade”, contou Hildeane, em entrevista ao JC em abril.
Esse tipo de gestação múltipla é raríssimo na medicina, mesmo no caso de Hildeane, que passou por uma fertilização in vitro – procedimento em que a mulher recebe estímulo para produção e retirada de óvulos, que são fertilizados em laboratório e colocados em seu útero. Popularmente, conhecemos essa técnica como bebê de proveta, responsável por uma grande fatia dos 51 mil bebês múltiplos que nascem anualmente no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para se ter ideia, uma em cada cinco mulheres que engravidam por meio de tratamento dá à luz mais de um bebê, como Hildeane.
Texto: Cynthia Leite/NE10
Foto: Randy Augusto (Arquivo)
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