sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Juíza autoriza novo enterro de Dominguinhos em Garanhuns

Exumação do corpo e sepultamento em sua cidade natal foi aceito também pelos filhos Mauro e Liv Moraes


Os restos mortais do sanfoneiro Dominguinhos, falecido no último 23 de julho, serão transferidos para sua cidade natal. A juíza Andréa Duarte Gomes, da 1ª Vara Cível de Paulista, autorizou a exumação e o traslado do corpo do cantor e posterior enterro em cemitério público, localizado no município de Garanhuns, Agreste do Estado. A decisão foi assinada na quinta-feira (29).
Adriano Sobral/Arquivo Folha
Perguntado sobre onde ficaria quando de sua morte, o cantor afirmou: "Ave Maria, eu sempre falo de Garanhuns"
No último dia 25, completaram-se trinta dias do sepultamento do sanfoneiro no cemitério Morada da Paz, em Paulista, ocorrido no dia 25 de julho. O pedido de transferência para Garanhuns foi feito pelo filho de Dominguinhos, o também cantor Mauro Moraes, no dia 2 de agosto. Após ação judicial e conversa com o prefeito do município, Izaías Neto, a segunda filha Liv Moraes e a ex-mulher Guadalupe Mendonça, procuradora de Dominguinhos, expressaram o desejo de que o corpo fosse enterrado em sua terra natal.
Em sua decisão, a magistrada responsável pelo processo destacou o fato de Dominguinhos ser um expoente da música e da cultura popular brasileira, deixando um verdadeiro legado, sobretudo para os nordestinos, e, mais especificamente, para o povo do agreste e do sertão pernambucano. Também observou que, quando em vida, o prestigiado músico externou, através de entrevista, a vontade de ser sepultado em sua terra natal - Garanhuns. Perguntado sobre onde ficaria quando de sua morte, o cantor afirmou: "Ave Maria, eu sempre falo de Garanhuns". Externou, ainda, apego à sua terra natal ao compor "Meu Garanhuns".
No que diz respeito à legislação sanitária estadual, neste caso é estabelecido o prazo mínimo de três anos, contados da data do óbito, para o translado. Somando a vontade de Dominguinhos e de seus filhos Liv e Mauro, atrelado ao patrimônio cultural para o Agreste pernambucano, o sepultamento deve ocorrer em breve.

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