De acordo com a realizadora do projeto, inicialmente havia o interesse das três alunas com deficiência auditiva da escola em participar das aulas de teatro realizadas com os outros alunos. “A gente percebeu que naturalmente elas eram muito expressivas e isso para o teatro era muito importante. Então eu vi que eu não sabia me comunicar com elas. Eu pensei como ia fazer para elas me compreenderem nas aulas”, revela Copino.
A iniciativa gerou um interesse dos alunos tanto para as aulas de teatro, quanto para o aprendizado da LIBRAS. “Para fazer parte do nosso curso de teatro inclusivo, não basta apenas querer fazer o teatro, mas também querer aprender a fazer a comunicação com as alunas surdas. Então elas começaram a ser protagonistas da ação em que todos querem participar”, explicou a professora.
Os estudantes já ensaiaram duas peças nas aulas de teatro, que ocorrem nos horários extraclasse, com inspiração em Chaplin e no teatro mudo. Outro desafio será a construção de textos voltados para surdos, de forma que os ouvintes possam falar e também possa acontecer a expressividade dos alunos surdos e dos ouvintes. ”A nossa intenção é a de quem vai assistir não perceba quem é surdo ou quem é ouvinte, pois em muitos momentos todos vão estar juntos na mesma possibilidade de expressão”, enfatizou Evânia Copino.
Texto e fotos: Ascom da SME/Cabo
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